sexta-feira, 29 de maio de 2015

Pela cor dos olhos

   
Julio Cézar em seu trabalho: Relojoaria e Chaveiro Braga! Foto: Sabrina Freire.
   Voz suave. Espírito sereno. Qualidades perceptíveis já nos primeiros segundos de conversa. Surpreendente foi saber que, seu Júlio (58) trabalha em uma das galerias do Centro de Taguatinga há 45 anos. Isso mesmo, com 13 anos veio para o Distrito Federal e confessa que nada lhe chamou atenção, até porque era muito novo. O principal motivo daquela família saída de Porto Alegre (RS), era melhorar a situação financeira. "E deu certo", afirma ele.
    Quando perguntado se a sua profissão tinha influência dos seus pais, ouvimos uma declaração um tanto curiosa. Seu Júlio tinha um relógio que vivia "enguiçando", como ele vivia em relojoarias para consertá-lo, começou a aprender a profissão, na qual denomina que aconteceu pelo acaso. Relojoeiro, atende em média 20 pessoas ao dia. 
     E você deve está se perguntando o  por quê do título da matéria. O fato é que "os  olhos são o espelho da alma", e certamente os olhos azuis de Seu Júlio dizem muito. Transmitem uma sinceridade ímpar. Mas, essa é só uma curiosidade complementar sobre ele.
    Diferente dos outros tantos que foram entrevistados, ele gosta de trabalhar naquele local e considera que o perigo começa a partir das 19h e vai até ao amanhecer. Em contrapartida, nunca sofreu nenhum tipo de violência. Quando a questão é uma sugestão de mudança para o Centro de Taguatinga, ele já começa dizendo que: "Começaram a trocar o calçamento, porém está todo inacabado e em alguns pontos prejudicam a locomoção dos pedestres". Acredita que deveria existir um estacionamento rotativo; pois independente do horário, nunca existem vagas.
     Mesmo sabendo que a cor dos olhos não denominam quem você é... Ainda fico admirada quando lembro do senhor Júlio César Braga, o homem dos olhos azuis sinceros.

Brenda Brandão

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