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Antônio, vendedor de Água e Dindin, em seu ponto, no Centro de Taguatinga, Distrito Federal. Foto: Sabrina Freire. |
Chegando de Fortaleza, lá vem Antônio e seus dois irmãos...
40 anos nas costas, tava novo, era sabido, cheio de disposição...
Tem pouco estudo, mas veio com tudo... O que apareceu, aceitou!
Começou a ganhar trocado, viu que era bom e nunca mais parou...
Em Taguá abriu seu "ponto"... Vende água e "geladim"...
De onde tira seu sustento, seu pão, seu alimento, faça sol ou faça chuva, casamento de viúva, Antônio está vendendo, gritando aos quatro ventos: "Olha! Olha a água e o geladim! Tem de coco, morango, chocolate, leite condensado e também amendoim!"
- Cê tem amigo, Antônio?
- Não! Não tenho não! Não sou amigo de quase ninguém! O povo aqui é falso demais!
Que susto! Como assim? Seu Antonio, tão falador, cara de muitos amigos, em Brasília se decepcionou, com alguém se machucou...
Assim ele leva a vida... Há 20 anos sem parar. Saindo cedo da Samambaia, pra em Taguá o sustento buscar.
Esse é Antonio! Mais uma história de Taguatinga... Gente fina, educado... Sem precisar de muita rima!
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